sábado, 31 de março de 2012

Capitulo.6

Sabe aquelas horas que você pensa que o universso brinca com você ou te põe em situações bem irônicas? Bem... Aqui to eu.
Como meu estômago falava mais alto, eu fui procurar um coco caido no chão. Quando eu encontrei, quebrei e bebi o liquido, na mesma hora senti uma lâmina na minha garganta e ouvi uma voz cortante:
-Obrigada por me levar até aqui, otário- Disse Taylor.

Ela me amarrou de novo, so que desta vez no tronco de um coqueiro.
-Sua vagabunda! Traiçoeira... - Chinguei-a
Ela pôs um dedo na minha boca.
-Queridinho, vale tudo na guerra... E, não sei se você notou, mas isto é uma guerra. Se quer mesmo vencer, tera que fazer melhor. Adios.- Ela deu um sorriso zomboso e foi embora.
Esforcei-me pra pensar em um modo de me libertar... Mas, para a minha sorte, eu vi o Beija-flor vermelho!
Ele voava a alguns metros de distância de mim. Ele ta tão perto... Se ao menos eu tivesse minhas duas mãos... Acabei tendo uma idéia... Era estranho mas era tudo que conseguia pensar no momento.
O passarinho bicava as flores do arbusto que margeava o tronco em que eu estava amarrado. Inclinei o meu pescoço na direção de uma das flores, peguei-a com os dentes e posicionei no meio da minha boca.
E esperei que desse certo. Fiquei imovel.O passaro se aproximou de mim... Sucesso! Quando a Taylor estava voltando, ela viu- Boquiaberta- o Beija-flor bicando a flor na minha boca...
Depois, vi apenas luz.

sábado, 24 de março de 2012

Capitulo.5


Ta, eu deveria esperar por isso... Mas que tipo de adversária salva e ajuda o seu concorrente e depois te da uma cotovelada no estômago e, em seguida, amarra suas mãos e pernas?
-Hasta la vista, baby!- Disse ela, depois que acabou de me amarrar.
Ela me deu um beijo sarcástico no ar, montou um cavalo que aparentemente roubou de um canibal, e foi embora.
-Sua desgraçada! Filha da mãe! Vai se danar!- Tive o total prazer de censurar os palavrões... Afinal, tem criança lendo esse blog.
Então, la estava eu, no meio do nada, me arrastando e me debatendo sem progresso qualquer de me libertar.
Uns dez minutos depois, tive a maior sorte... Vi alguém (Aparentemente humano) de manto branco que caminhava pelo deserto. Gritei:
-Hei! Socorro! Me ajuda aqui!
A pessoa me viu, a sombra do capuz sobre o rosto dele ou dela cobria a sua identidade. Ele ou ela correu na minha direção.
O encapuzado agaxou-se e me desamarrou:
-Muito obrigado mesmo...- Eu começei a falar, mas percebi um segundo depois que estava sozinho de novo... Ele ou ela desapareceu... Estranho...
De alguma forma, eu reconhecia aquela pessoa de algum lugar. A parte iluminada de seu rosto me parecia bem familiar... O toque leve das mãos...
Foi ai que me lembrei do desafio... Tinha que reencontrar aquele bendito Beija-flor antes da safada da Taylor!
Eu corri pra direção de onde tinha visto o passarinho vermelho da ultima vez. Por sorte, havia encontrado um dos cavalos dos canibais que haviam fugido, eu montei nele, tentando me lembrar de como conduzir um cavalo.
Havia aprendido um pouco como andar de cavalo com o meu falecido avô.
Pouco a pouco consegui ter controle total do animal. Cavalguei pelo deserto, investindo em varios caminhos em busca de qualquer sinal do passaro.
Me veio a cabeça que o beija-flor poderia estar procurando... Han... Bem, comida (Que seria néctar)... Acho que tive essa ideia graças ao ronco do meu estômago. Eu resolvi seguir a vegetação, buscando mais e mais densidade de plantas.
E acabei tendo sucesso... Encontrei um oásis... Esperava não ser uma miragem do tipo que se vê em desenhos animados... Tinha alguns coqueiros, arbustos cheios de flores... Bingo!
Quando cheguei, vi que não era ilusão... Era real... Porém, havia um problema... A minha volta, eu via centenas de beija-flores, de todas as cores... Exceto vermelho.

domingo, 4 de março de 2012

Capitulo.4


Continuei a correr em direção ao beija-flor, não podia perder essa chance. Com certeza não teria outra. Observei que em alguns pontos do deserto começava a surgir alguns cáctos e plantas rasteiras.
O som da trotada abafada na areia dos cavalos se aproximava cada vez mais e o pequeno passaro vermelho continuava longe. Eu sabia que não era pario para dois pares de patas e um par de asinhas velozes... Mas o que eu podia fazer? Parar? Desistir de novo? Logo agora? Quando estou perto de conseguir ganhar o desafio? So me restava continuar correr até eu não poder mais.
Quando comecei a sentir as bufadas dos cavalos em meu pescoço, ouvi uma voz feminina gritar:
-Iiiiiiiiiiiiiiaaaaaa!!!!!!
Um som de alguma coisa sendo cortada. Me virei e vi um dos canibais ter sua cabeça decepada. A garota ,com a espada na mão, desferiu um golpe na barriga do outro canibal.
Os dois corpos (De pele vermelha e com caninos longos e finos) cairam no chão e foram reduzidos a pó... Literalmente.
Estava pasmo com o que acabei de ver... Quem era ela?!
Ela pegou uma das garrafas redondas e finas ,que pertenciam aos monstros que ela matou, e bebeu a água que estava dentro.
Era uma cena excitante de calendário. O suor que percorria por toda a sua pele perfeitamente bronzeada... A pressão de seus lábios no gargalo da garrafa... Eu estava sem fala.
Ela me olhou e ofereceu a outra garrafa pra mim. Eu exitei um pouco.
-Quer ou não quer?- Ela disse, impaciente.
Peguei na mesma hora. O gosto da água reanimava todo o meu corpo (Tentei ignorar o fato que estava bebendo saliva de monstro ao mesmo tempo).
Depois que detonei a garrafa, olhei pra garota... Era a mesma garota que vi no espaço sideral... Supostamente, ela era a minha adversária... Ela tinha um otimo espiríto esportivo.
-Obrigado.- Falei, ainda embabacado com ela e com o que acabara de acontecer.
-De nada.- Ela estendeu a mão.- Sou Taylor.
-Daniel.- E a cumprimentei.
Quando soltamos as mãos, ela me deu uma cotovelada na barriga.
Guinchei, cai e gemi de dor.
Como ela era forte!!!
-Ha, e outra coisa...- Disse ela.- É cada cachorro lambendo o seu "osso".- So que ela não falou "osso", se é que me entendem.

Capitulo.3

Um momento de reflexão... Estava em um jogo de outra dimensão. Certo. E agora estava em meio a um deserto que não conhecia... Ou seja estou no meio do nada. E agora, ouço uma voz recitar uma frase... Algo me dizia que essa frase era uma dica do primeiro desafio.
Aconteceu muito rapido. Nem tive chance de pensar direito se aceitaria participar desse jogo. Mas não posso negar que fiz o que o meu coração mandou.
Então... É isso.
Tirei o meu casaco e o amarrei na cintura, ja estava encharcado de suor, segui em frente, subi uma duna de areia, com a esperança de encontrar um sinal de vida... Fracasso... Apenas vi mais areia.
E continuei andando. Minha garganta protestava por água. A cada passo a sede aumentava, mais e mais.
Meia hora depois (Mais ou menos), não aguentei... Despenquei  no chão e fechei os olhos, anunciando a minha derrota. Não tinha mais forças pra continuar. "Ana" parecia mais distante de mim do que nunca. Me sentia um fraco, um lixo. Pelo menos seja la onde for que ela estava, eu irei pro mesmo lugar que ela... Ou não. So espero que os abutres não me devorem enquanto estava vivo ainda... Seria nada agradavel.
Senti algo me cutucar na testa, abri os olhos e me espantei. Não era um abutre. Muito pelo contrário... Era um beija-flor vermelho! No meio do deserto! Da pra acreditar?!
Espera um pouco... O desafio!
No mesmo instante me recuperei. Tentei agarrar a pequena ave vermelha, mas ela recuou e fugiu de mim. Corri atras dela, com a esperança recuperada! Nunca tive tanta força de vontade!
Ouvi um som atras de mim. Olhei pra tras e vi dois homens de manto montados em cavalos negros... Civilização! Até que em fim! Mas, ao ouvir: "Comida!Vamos pegar ele!", logo vi que não eram amigos. Quando abaixaram os seus capuzes logo vi o que eram... Monstros canibais!To ferrado!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Capitulo.2

Eu via apenas estrelas e a escuridão. Boiava na frieza do espaço sideral. Eu respirava. Sem capacete e sem roupa de astronalta... Mas mesmo assim eu respirava.
Via algumas galáxias, eram leitosas e belas... Era uma visão linda, mas... Estava no meio do nada!!!!
Antes que pudesse gritar de desespero, uma luz surgiu alguns poucos metros de mim. E dela surgiu uma garota, aparentemente da minha idade (18 anos).
Ela era linda e atlética. Suas roupas já mostravam que ela era uma atleta. Seus cabelos loiros e lisos eram amarrados em um rabo-de-cavalo. Sua roupa moldava bem seus seios e glúteos.
Quando nossos olhos se encontraram, outra luz surgiu entre nos, so que não transportava ninguém. Era maior, parecia um sol pequeno, mas os raios não eram fortes e nem radiantes. Uma voz abafada aparentemente masculina ecôou da grande luz:
-Saudações meros mortais. Eu sou Ômega. Sejam bem-vindos ao meu jogo.
-Mas o que... - Eu tentei falar.
-Vocês estão no quinto plano dimensional. Irei simular 8 desafios, todos requerendo habilidade, inteligência e destreza. Aquele que tiver mais pontos vence. Se der empate, concederei um desafio extra. O prêmio: A realização do seu maior desejo. Que os jogos comecem!!!
Antes que eu pudesse fazer inumeras perguntas, o brilho da grande bola luminosa cobriu toda a minha visão.

Estava deitado, na areia. Senti um vento leve no meu rosto, jogando alguns grãos de areia em mim. Um súbito calor irradiava sobre mim.
Me levantei, limpei os meus óculos com a manga do meu casaco, e vi dunas de areia que pareciam acabar nunca, um céu azul e sem nuvens, apenas um sol escaldante... Era um deserto!
Uma voz repitiliana sussurrou em minha mente: " Um pequeno voador vermelho você deve capturar, para o desafio ganhar".

Geração 1.Capitulo 1.

"O importante é competir, não vencer"


Era um dia nublado, ameaçava chover, mas não ia sair daqui... Porque era o enterro de Ana.
Eu me esforçava para não chorar, mas uma lágrima escorregou e pingou em seu caixão que estava sendo posto no grande buraco profundo.
E agora? Como viverei sem ela? O que sera de mim?
Eramos melhores amigos. Meu primeiro beijo foi com ela. Passamos no vestibular juntos. E "aquela" noite escaldante  no meu quarto, em pleno carnaval... Seu toque delicado, sua voz doce como sinos e seu olhar claro como o céu de verão... Não teria mais isso. Acabou. Pra sempre.
E vi o caixão sendo coberto por terra enquanto as gotas da chuva me chicoteavam.

Meus amigos me convidaram para ir no bar, em uma tentativa de me animar. Mas a musica, a bebida e a risada deles eram nada pra mim.
Estava calado, debrussado sobre o balcão, feito um zumbi, um cadaver... Apenas pensando "nela". Não suportava mais pronunciar o nome "dela"
-Daniel Simon, né? - Uma voz feminina e cheia de gas sôou ao meu lado.
Olhei na direção da misteriosa mulher: Sabe aquelas modelos esculturais, de cintura fina... Sim, ela parecia uma delas(Tirando, é claro, as mexas brancas de seus cabelos pretos e curtos e seu piercing-mini-argola no nariz), ela usava uma mini-blusa branca de mangas longas que deixava a sua barriguinha a mostra, sua mini-saia, também branca, deixavam nuas grande parte de suas pernas perfeitas, o seu calçado eram botas também brancas.
-O meu mestre me pediu pra arrebatar você... Mas não esperava ser alguém tão... Simples.
-O que?- Conjecturei.
Ela deu uma risadinha rapida e se sentou ao meu lado, como se fosse um robô. E me olhou com um sorriso travesso. Estava começando a pensar que ela seria uma prostituta, até ela falar:
-O que acha de ter a sua amada de volta?
Isso me entorpeceu.
-Como você... !?- Comecei a falar, mas fui silenciado por um dos dedos palidos dela.
-Tenho uma proposta inrrecusavel a você: Você participara de um jogo.  E se você vencer, o seu prêmio sera a realização do seu maior desejo. Que no seu caso seria a volta de sua amada a vida, em seus braços, envelhecendo ao seu lado, até um de vocês... - Ela fez um "Ploc" com a boca.- Naturalmente, como você "deseja".- Seu sorriso se alargou.- Topa ou não topa? - Ela estendeu uma de suas mãos brancas para mim.
Mas em vez de perguntar: Como isso era possivel? Quem é você? Como sabia tanto da minha vida?Que jogo é esse?... Eu apertei a mão dela, automaticamente.
E, em um piscar de olhos, fui sugado. Não estava mais no bar.